Há uma semana em greve, os trabalhadores do transporte coletivo de Itajaí decidiram em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (13) continuar a paralisação e fazer um pedido de demissão em massa. Eles também afirmam que não vão manter a frota mínima de 30% circulando na cidade, como exigido pela Justiça.
A Justiça do Trabalho determinou na tarde de quarta-feira (12) que os funcionários da empresa Coletivo Itajaí mantenham 30% da frota circulando em horários normais e 60% em horários de pico. Mas em assembleia nesta quinta, os cobradores e motoristas decidiram não cumprir a decisão.
O Sindicato dos Motoristas de Itajaí e Região (Sitraroit) pretende entrar nesta quinta-feira na Justiça com um pedido de demissão em massa através de uma ação de rescisão indireta pedindo os direitos trabalhistas, pois a empresa Coletivo Itajaí não cumpre com o pagamento dos salários.
“A decisão dos trabalhadores foi para que o sindicato promova a rescisão coletiva, pois entendem que estão sendo humilhados, tratados com desdém e a situação que está é muito constrangedora. Por isso, que a pedido dos trabalhadores, o sindicato vai promover essa ação”, explica o advogado do sindicato Denisio Dolasio Baixo.
Além disso, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina, segundo os trabalhadores, um dos motivos para não acatar a decisão judicial é que se a frota de 30% for mantida, haverá 35 ônibus coletivos circulando, enquanto que o plano emergencial montado pela prefeitura conta com 80 veículos para transporte alternativo.
Os trabalhadores receberam 50% dos salários na última quarta-feira (5) e iniciaram a greve na quinta (6) pedindo o pagamento integral do salário.
A empresa diz que na sexta-feira (14) vai pagar o restante dos salários dos trabalhadores, posicionamento mantido desde o início da greve.
Com isso, os trabalhadores devem voltar ao trabalho na sexta e pretendem continuar trabalhando até que o pedido de demissão em massa seja julgado.
FONTE G1SC