Os trabalhadores do transporte coletivo de Criciúma, no Sul catarinense, paralisaram o serviço por aproximadamente duas horas na manhã desta terça-feira (30). Segundo o Sindicato dos Condutores de Veículos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, de Cargas e Passageiros de Criciúma (Sintracril), a paralisação se deve à falta de negociação por parte da empresa para discutir o reajuste salarial e de melhores condições de trabalho.
“Essa foi a primeira para dar o alerta ao patrão. Se eles continuarem com esse posicionamento de não negociar, não só a categoria vai continuar as paralisações, como pode entrar em greve”, afirma Ricardo Freitas, assessor do Sintracril.
De acordo com o setor operacional da empresa Expresso Forquilhinha, a paralisação correu das 9h às 11h nos três terminais da cidade no Centro e nos bairros Próspera e Pinheirinho. O setor não soube informar o número de passageiros afetados, mas acredita que não houve grande prejuízos por ter sido fora do horários de pico. A paralisação não foi previamente avisada à empresa e não transporte alternativo não foi ofertado aos usuários.
De acordo com Freitas, em abril o Sindicato entregou a pauta de reinvindicações à empresa, mas não teve retorno para iniciar a negociação.
Segundo ele, a categoria pede reajuste do INPC e 5% de aumento real. O salário do motorista subiria para R$ 1,6 mil e o vale alimentação para R$ 400.
“Não é só a questão financeira, mas social e de condições de trabalho. A jornada é de 8 horas, mas o intervalo é de 3 horas. O trabalhador fica 11 horas à disposição da empresa”, detalha Freitas.
O G1 entrou em contato com a administração da empresa Expresso Forquilhinha, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O presidente da Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes de Criciúma (Astc), Paulo Pacheco, informou que a autarquia não acompanha as negociações entre trabalhadores e empresa e que na quarta-feira (1º) haverá uma reunião do Conselho Municipal de Transporte para discutir o reajuste da tarifa do ônibus.