Depois de aceitarem a proposta de pagamentos dos salários atrasados, os trabalhadores da  Nossa Senhora da Glória voltaram a trabalhar na madrugada desta quinta-feira (10). A empresa é responsável por 66% do sistema de transporte coletivo de Blumenau, no Vale do Itajaí. Durante toda a quarta-feira (9), motoristas e cobradores não trabalharam em protesto.

 

Os primeiros ônibus começaram a sair das garagens por volta das 2h30, conforme funcionários da empresa. Todas as linhas da Glória operam normalmente nesta quinta.

 

Falta de pagamento
 

A categoria reivindicou o pagamento integral dos salários atrasados do mês de setembro, que deveria ter sido pago até 14h de terça-feira (8), conforme o Sindicato dos Empregados das Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau e Gaspar (Sindetranscol).

O presidente da entidade, Ari Germer, disse que maior parte dos funcionários não havia recebido sequer 50% do valor devido. "Só o tráfego e lavação receberam integral", afirmou.

A empresa apresentou uma proposta de pagamento em reunião na quarta-feira e os funcionários concordaram com a proposta durante assembleia, na qual alguns participantes saíram em meio a polêmica.

Os salários atrasados de todos os funcionários devem ser quitados até segunda-feira (14). Nesta quinta, devem receber os cobradores, na sexta (11), os motoristas e, por último, a equipe administrativa.

 

24 horas de paralisação
 

O protesto dos trabalhadores da Nossa Senhora da Glória começou às 4h de quarta e durou todo o dia. Para tentar diminuir os impactos da mobilização, duas empresas colocaram ônibus extras para fazer algumas linhas operadas pela Glória. Os corredores de ônibus também foram liberados para o tráfego de outros veículos.

O sindicato afirmou que esta é a última vez que a categoria aceita atraso nos pagamentos. Este é o terceiro mês que eles fazem este tipo de manifestação por causa dos salários atrasados. O mesmo movimento ocorreu em julho e agosto. Caso os salários atrasem em outubro, a posição dos trabalhadores é entrar em greve, informou o Sindetranscol.