Manifestantes iniciaram no fim da tarde da quinta-feira (14), no Centro de Florianópolis, um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na capital, em vigor desde o dia 3. O valor para pagamento em dinheiro passou de R$ 3,10 para R$ 3,50.
De acordo com Tiago Azevedo, integrante, do Movimento Passe Livre (MPL), o objetivo do protesto é "revogar o aumento da tarifa". Segundo a Polícia Militar, por volta das 18h30 o protesto reunia 150 pessoas. O MPL reportou que havia 300 manifestantes.
'Catracaço'
Após percorrer ruas do Centro, os manifestantes chegaram à região do Terminal Integrado do Centro (Ticen) pouco antes das 19h. Alguns manifestantes pularam catracas e entraram pela entrada especial de gratuidades na plataforma A.
Usuários que não participavam do ato passavam normalmente pelas catracas. Manifestantes tentavam convencer as pessoas a não passarem o cartão nas catracas.
Pouco depois, policiais militares se posicionaram em frente às catracas para impedir que mais pessoas passarem sem pagar. Houve empurra-empurra com os manifestantes.
Protesto começou no fim da tarde
Pouco depois das 17h, um grupo já se concentrava em frente ao Terminal Integrado do Centro (Ticen). Com tambores e cartazes, aproximadamente 60 pessoas protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus naquele horário, segundo a Polícia Militar, que acompanha o protesto a pé, com apoio de carros e motos.
O trânsito era bloqueado pela PM à medida em que o protesto avançava.
Caminhada
Por volta das 18h, já em maior número, manifestantes começaram uma caminhada, e passaram pelas ruas Jerônimo Coelho e Felipe Schmidt, em direção à Praça XV.
Na Rua Tenente Silveira, organizadores discursaram sobre o aumento da tarifa e criticavam o Consórcio Fênix, que opera o sistema em Florianópolis, e o prefeito da cidade, Cesar Souza Junior. Também houve manifestação de apoio a estudantes de São Paulo, que nesta quinta também foram às ruas.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Mobilidade Urbana informou considerar a manifestação um movimento democrático e que o grupo "tem todo o direito de se manifestar". Porém, informou que a hipótese de revogação do aumento não é cogitada, por se tratar "de uma questão contratual".
Reajuste
Na época em que o aumento foi anunciado, o diretor de Mobilidade Urbana da Capital, Vinícius Cofferi, afirmou que o reajuste anual do transporte coletivo é contratual e consta também no edital de licitação para o serviço.
"Estamos cumprindo as regras do contrato, seguimos uma fórmula pré-estabelecida, que eleva o valor da tarifa em 11,94%. Nosso aumento é bem menor do que em outras cidades do estado", diz o diretor.
Para a tarifa social, o preço da passagem passou a ser de R$ 2,25. Para quem usar o cartão eletrônico com tarifa social ou em dinheiro, o valor chega a R$ 1,96. Para os estudantes, a tarifa vai para R$1,67 e a tarifa social para a categoria fica em R$ 0,98.