Manifestantes foram às ruas em três cidades catarinenses nesta quinta-feira (21) para protestar contra aumentos nas tarifas de ônibus. Houve protestos em Florianópolis, em Joinville, no Norte, e em Blumenau, no Vale do Itajaí. Em Joinville, a Polícia Militar informou que registrou boletim de ocorrência porque uma catraca e um portão do terminal central foram danificados.
Na capital, onde o valor da passagem para pagamento em dinheiro passou de R$ 3,10 para R$ 3,50 no último dia 3, manifestante se concentravam desde as 17h em frente ao Terminal Central. Por volta das 18h, um grupo de 300 pessoas, segundo o Movimento Passe Livre, e de 80, segundo a Polícia Militar, percorria a Avenida Gustavo Richard em direção ao Túnel Antonieta de Barros, que leva ao Sul da ilha.
Conforme a manifestação caminhava, o tráfego de veículos ia sendo liberado após a passagem de viaturas da PM que acompanhavam a manifestação, inclusive com a Cavalaria. Motoristas que passavam pela região enfrentavam lentidão.
Das 18h30 às 19h, os manifestantes ficaram sentados na Av. Gustavo Richard, em frente ao Centro de Convenções Centrosul. Depois, os manifestantes decidiram seguiram pela Prainha em direção à Avenida Mauro Ramos. Por volta das 19h30, ocuparam as duas faixas da Rua Silva Jardim antes de chegar à Praça Tancredo Neves.
Em seguida, os manifestantes seguram pelas ruas José da Costa Moellmann e Antônio Luz rumo à Avenida Paulo Fontes, de volta ao terminal central. Eles entraram na plataforma A do terminal pela mesma passagem dos ônibus, e entraram no terminal sem pagar passagem.
Diferentemente do protesto da semana passada, os manifestantes não pularam catracas. Por volta das 20h, o ato terminou na capital.
Ainda durante a concentração, parte do grupo se deslocou para o Terminal Integrado do Centro (Ticen). Eles distribuiam panfletos, pediam que as pessoas participassem da manifestação e tocavam instrumentos musicais. O grupo passou por quatro das cinco plataformas e chegou a caminhar no espaço destinado aos ônibus.
onforme Tiago Azevedo, integrante do Movimento Passe Livre (MPL), o protesto desta quinta (21) segue as mesma reivindicações do primeiro ato, na última quinta-feira (14), no mesmo local na capital catarinense. A principal delas é revogar o aumento da tarifa.
Em panfletos distribuídos a quem passava pelo local, os manifestantes afirmavam que o aumento de R$ 0,40 na tarifa representa, ao longo de um mês, o equivalente a "60 pães, 12 litros de leite e 12 latas de cerveja", entre outros exemplos.
Joinville
Em Joinville, no Norte de Santa Catarina, um grupo de aproximadamente 100 pessoas, conforme a Polícia Militar, também fazia um novo protesto nesta quinta (21) contra o aumento da tarifa do transporte coletivo da cidade.
Desde 4 de janeiro, a passagem no momento do embarque está 21,6% mais cara – passou de R$ 3,70 para R$ 4,50. A passagem antecipada teve reajuste de 13,8%, e foi de R$ 3,25 para R$ 3,70.
Os manifestantes se concentraram a partir das 17h30 na Praça da Bandeira, no Centro da cidade e se dirigiram para o terminal, ao lado da praça, às 18h30.
O grupo bloqueou as catracas e os usuários têm acesso aos ônibus sem pagar a tarifa de R$ 4,50, segundo a Polícia Militar.
Conforme a PM, a maior parte dos manifestantes era composta de estudantes. O protesto terminou às 20h, porém, às 20h30 a Polícia Militar informou que registrava um boletim de ocorrência por causa de uma catraca e de um portão danificados.
Ninguém foi preso. Segundo a PM, a administração do terminal deverá apresentar imagens de câmeras de segurança para que os suspeitos de vandalismo sejam identificados. O G1 não conseguiu contatopor telefone com um representante do Movimento Passe Livre (MPL) de Joinville, que afirmou que estava sendo abordado naquele momento por policiais.
Blumenau
Em Blumenau, no Vale, um grupo de cerca de 100 pessoas se concentrava pouco antes das 18h em frente à prefeitura da cidade. Dois PMs e quatro agentes acompanhavam a concentração. O grupo protesta contra o aumento do valor da tarifa, que passará dos atuais R$ 3,30 para R$ 3,65 em 27 de janeiro.
O ato foi organizado pelas redes sociais. Com batuques, os manifestantes também reclamam das condições dos ônibus e pedem a municipalização dos serviços.
O grupo seguiu em passeata em direção ao terminal Proeb, também no Centro de Blumenau, onde se dispersou.